segunda-feira, 28 de abril de 2008


Quando eu olho para essa foto, eu penso que eu queria ter tido metade do que eles tiveram, mas aí eu olho pra mim, e para esses vinte anos que se passsaram, e penso, será que isso realmente faz sentido? uma hora simplesmente pára de sentir porque acomoda? Sei não, muito chato para mim, mas vamos ver:
Levar todos os dias, esperando o amanhã, o "amanhã" não existe, o amanhã é hoje, ontem, anteontem, ano passado, isso foi o amanhã, o amanhã são as lembranças os sentimentos, os desejos, os sentidos, eu desejo um amanhã para todo mundo, e eu.... quem vai ser meu amanhã? as vezes eu fico curiosa para saber/ver se o amanhã é o sempre, se o amanhã é o hoje, ou o nunca mais, prefiro pensar que seja o nunca mais, é mais cômodo em quase todos os aspectos.... na verdade, eu estou com sono.
Águas de março se estendem á maio, assim inundando o meu nariz e afogando o meu coração.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

EU

Um "eu" descrente,
é indiferente
finge que mente
tenta esquecer
mas ao ver
que é impossível
nem o possível
se fazer provável
dói dentro quem tenta
esquecer que um dia
já foi "um só" com alguém.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Fim de abril, sumiu.

Eu não gosto de abril, não suporto na verdade, todo abril é triste, é chato, passa rápido junto com a chuva (não tão rápido assim), mas é o tipo de mês que eu não sinto mais nada, é estranho essa coisa que eu tenho com dias, horas, meses, anos, mas são coisas que marcam pra mim, ficam na memória, como uma boa ou má recordação.
Só sei que eu to sentindo falta de ser humana, de me importar, de sentir ciúmes, de querer estar junto, quando parece que é tudo muito gasto e vazio, até daquela burrice momentânea depois de um orgasmo eu sinto falta, do cabelo liso, da pele rosada, boca vermelha, coxas doloridas, corpo mole, arrepio na nuca e tudo mais.
Já to ficando com preguiça de ler (de novo), e vou acabar lendo os livros pela metade (de novo), e passando a maioria do tempo que eu deveria estar 100% estudando, vendo séries (de novo).
To com preguiça, na verdade.

domingo, 13 de abril de 2008

Fatuidade.

O ser humano é tão podre, que tira, arranca, rasga, suga, cospe fora, desentegra, um presente que lhe foi concebido, mudando assim, o sentido de uma vida inteira, para poder beber por mais uns anos.

Náusea

Esse vício de pensar pensar e pensar, um dia ainda vai me levar á loucura, de tanto pensar a cabeça dói, parece que sopraram um dominó infileirado dentro do meu cérebro e nenhuma peça ficou em pé, a mesmisse, desgosto e amargura só me mostram que o destino de pessoas do meu tipo, é ficar só, assim eu não sinto mágoa, ráiva, nem nojo, só solidão.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Tudo muda...



lembrança não muda.

Adoro Quintas-Feiras

Dezcrente entre os tempos novamente.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Por que pedaços de mulher.

" Em busca da verdade aprendi a ouvir e acredito que cada um tem uma grande história pra contar, pois somos artistas criadores de contos, escritores fantásticos dos poemas da vida, em cada dia pintamos quadros expressivos de nosso cotidiano, sem perceber cantamos nem sempre em belos tons, melodias, óperas, cançonetas e romances... e se prestarmos atenção, poderemos extrair ensinamentos valiosos...
Nasci em Alenquer, mas poucas lembranças tenho dessa terra que me serviu de manjedoura. E quando tinha cinco anos, meus pais voltaram á belém.
Tenho vivo nas lembranças as peripécias que vivi na cidade, nesta cidade maravilhosa que meu peito clama com ardor. Este cheiro agre-doce de terra e folha molhada. Da chuva que teima em manter presente o que o progresso afasta a cada dia. Da rotina das tacacazeiras em colocar sua banca na calçada molhada e seu cheiro embriagador de fim de tarde. Das mangueiras embalando seus frutos presenteando os transeuntes, da bola no campinho improvisado, do sol que doura as manhãs enchendo-nos de vida...
Estão latentes em mim, os risos dos meninos correndo atrás de sapos e frangos parar operá-los, das lutas de minha mãe em tentar dazer de mim uma menina normal; da minha rebeldia em não aceitar os vestidos de laços e rendas que me picavam o corpo, do meu padecer nas mãos de minha irmã querendo fazer tranças em meus cabelos que mais parecia vingança das travessuras que fazia com ela.
Engraçado como pequenas coisas ficam grandiosamente incrustadas em nós!
Eu fui uma dessas crianças afortunadas com o que vivi. Com um manancial de experiências! Corria em cima de pontes atrás de "papagáios", jogava "bode"nos fios de luz (energia), sempre acompanhando os meninos que não estranhavam a minha presença, e as tardes quando minha mãe saia, pulava a janela e ia jogar bola com eles, ou melhor, queria jogar, nunca tinha vaga. Mas eu ficava ali do lado do campinho, esperando, esperando e torcendo para alguns dos meninos se machucar, assim eu poderia substitui-lo. Outroas vezes, ia jogar peteca e pião.
Assim eram os meus dias, cheios de aventuras e emoções."


Reneê Alves
.

Esse, é só um pequeno pedaço da introdução do livro, finalmente, depois de uns dez anos, vai conseguir ser lançado, eu tenho orgulho das coisas que ela escreve, um dia quero chegar a ser metade do que ela é, não só como mãe, esposa e amiga, mas como mulher mesmo, obrigada mãe, e obrigada por me deixar participar desse grande feito.

domingo, 6 de abril de 2008

2126290405 não mais.

quem quer dizer o que sente
não sabe o que há de dizer.
fala: parece que mente...
cala: parece esquecer...

(...)

mas quem sente muito, cala;
quem quer dizer quanto sente
fica sem alma nem fala,
fica só, inteiramente.''

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Dia Vinte e Um do Três.

Amanda quer ser amada,
Amanda é amargurada,
Amanda fez o que quis, e foi mal interpretada,
Amanda se entregou, e saiu machucada,
Agora Amanda retorna á sua vida desregrada.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Ter ou não ter namorado, eis a questão

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado mesmo é muito difícil.

Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.

Quem não tem namorado não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche da padaria ou drible no trabalho.

Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.

Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar.

Não tem namorado quem não sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de dormir, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele; abobalhados de alegria pela lucidez do amor.

Não tem namorado quem não redescobre a criança e a do amado e vai com ela a parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.

Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.

Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.

Não tem namorado que confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.

Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos. Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim.

Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.

Se você não tem namorado é porque não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz sentido.



Atribuído a Carlos Drummond de Andrade,
mas é de Artur da Távola

Sem sentir [2]


Sem neuroses, sem psicoses
Sem psicanálise e sem tristeza

Dálhe PJ

Promises, promises
I'm feeling burned
You taught me a lesson
I didn't want to learn
Why did I come here?
Please tell me again
Why did you ask me?
Don't say you forget
I long for, I long for
I long for my home
I long for a land where
No man was ever known
With no neurosis
No psychosis
No psychoanalysis
And no sadness
I'll pick up the pieces
I'll carry on somehow
Tape the broken parts together
And limp this love around
Limp this love around

Sem sentir

O meu subconsciente é onde eu me apoio para ter vontade de continuar a viver, é onde eu mergulho em pensamentos e sempre tenho respostas para as minhas perguntas mais fracas e constragedoras, mas o que me frustra, é quando eu não tenho mas o controlhe de tudo e fico com aquela sensação vaga de "Sérá?". O tempo passa, e a minha opinião prevalece como se tivesse sido decretado, esse vício de pensar que alguns sentimentos são para sempre, e que todo um verdadeiro grande sentimento por alguém é recíproco, vai acabar me deixando mais perdida do que já estou.
Dói sentir, dói ouvir, dói achar, dói querer... mas ter a ilusão de que a vida poderia ser mais fácil e feliz que tudo isso, poderia ser gratificante para quem não a estragou, e nesse caso, um estrago nunca poderá se transformar em um grande feito... ninguém é de escartável.
O mais incrível é o poder que algumas pessoas tem de mostrar os meus medos e defeitos em um segundo, sem ao menos estar a par dos fatos desde o início, é como se me conhecesse de uma maneira que realmente não me conhece, e ao mesmo tempo chega a conhecer mais do que as pessoas que há anos me acompanham e não compreendem o tamanho de tudo isso.

Bons Leitores