terça-feira, 4 de agosto de 2009

Loucura

Eu gosto mesmo é de comer com Salsa. Uma maniçoba, um arroz com alho, cultura, feijoada, lucidez, loucura. Eu gosto mesmo é de ficar por dentro, como eu estive na barriga de Reneê, uma mulher batalhadora de alenquer que adora arte e massa de biscuit.


Gilberto Gil Adaptado.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Da alma

Da alma pra fora eu só preciso de uma coisa... de fora o que nos sobra é o que um dia murcha, eu queria a simples intensidade que todo mundo merece, não precisa ter cor de anjo nem sobrenome especial, não quero passa-tempo, eu quero uma trufa de todos os gostos e sabores juntos em um só, talvez não seja tão difícil e eu que sonhe demais acordada, mas é isso, espaço-tempo, beijo na chuva e pegar um bonde sem rumo, tomar um banho naquele rio de intensidade e ficar com esse gosto até não poder mais, e por quê não poder? se eu sou livre... é o que eu tenho de melhor e de pior, dizem.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Cidade das meias-verdades.

Numa cidade onde o tempo coincide com as frustrações de cada um, onde adoecem por fora as feridas entaladas e enclausuradas dentro dos calabouços das desilusões. Dor de cabeça, amigdalite, pneumonia, febre, enxaqueca, stress, princípio de tuberculose; tudo isso é doença da alma que não aguenta mais ser pressionada e põe pra fora, adoencendo a gente.
Crítica de cu é rola, quem nunca fez nada de errado na vida, que atire a primeira pedra.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Atiraste uma Pedra - Doces Bárbaros.

Caetano Veloso:
Atiraste uma pedra
No peito de quem
Só te fez tanto bem
E quebraste um telhado
Perdeste um abrigo
Feriste um amigo

Maria Bethânia:
Conseguiste magoar
Quem das mágoas te livrou
Atiraste uma pedra
Com as mãos que essa boca
Tantas vezes beijou

Gal Costa:
Quebraste o telhado
Que nas noites de frio
Te servia de abrigo
Perdeste o amigo
Que os teus erros não viu
E o teu pranto enxugou

Gilberto Gil:
Mas acima de tudo
Atiraste uma pedra
Turvando essa água
Essa água que um dia
Por estranha ironia
Tua sede matou

Repete todos juntos.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Quero conhecer o mundo.

Quero viajar o mundo e levar o exacerbado nas costas, até cansar.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Só Rolling Stones na cabeça.

Oi, meu nome é Yasmin, tenho dezoito anos bem mal vividos e moro em Belém do Pará a cidade das mangueiras. Estou passando uma temporada curta em São Paulo, cujo fodeu minha cabeça com essa solidão absurda dos paulistanos e por talvez viver na boemia demais para me deparar com uma cidade movida á trabalho, onde as pessoas são frias e desconfiadas... isso é praticamente em qualquer lugar mas enfim, o bom é se adaptar, e eu com certeza ainda não me adaptei, me adaptarei... um dia.
Meu objetivo á partir de agora é voltar para belém, minha cidade natal, onde terei que concluir pequenas-grandes coisas inacabadas, me livrar do fardo de viver uma vida onde os fantasmas predominam minha cabeça atrapalhando todo o andamento do processo evolutivo do homem onde a palavra ESQUECER E PASSAR POR CIMA, são necessarias para todo amadurecimento.
Quero arrumar um trampo curto, guardar uma grana pra passagem de volta e pra raxar um apartamento pequeno com a Duda, fazer um cursinho e concorrrer á bolsas fim do ano em faculdades boas, e por fim, estudar Psicologia que vem sendo o meu sonho desde os 15 anos de idade, quando minha mãe teve a brilhante idéia de me mandar pra um psicologo curando a minha 'doença', que era a curiosidade e a maravilha de ser um ser humano livre com escolhas pela qual a sociedade muitas vezes desaprova, e eu nunca quis ser aprovada por nada nem ninguém, só pelo pessoal que corrige a minha prova no vestibular mesmo, esse bando de filhos da puta. E foi assim que eu criei amor por Psicologia, em uma sessão onde eu tive que ser a psicóloga do meu psicólogo, isso me fascinou completamente, e já faz quase quatro anos que eu não tiro essa idéia da minha cabeça.
Por fim, eu tenho absoluta certeza de que preciso me encontrar, precisava me descobrir, e esses dois meses que eu fiquei mais solitária do que nunca, me deram uma luz de como é o mundo lá fora das asas de meus pais, longe de meus amigos e pessoas que eu amo e que eu tanto me prendo... Estou ansiosa pra voltar a minha vida antiga e concretizar todas as minhas vontades, faltam só nove dias e essas borboletas no meu estômago estão me matando.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

DEZ

E por um curto período eu vi o tempo passar, atropelando e arrancando a sangue frio todas as minhas mazelas e incertezas... pôs um FIM.

Agora é hora de praticar, voltar á ativa... bora ver o que esse coração vagabundo guarda pra mim dessa vez.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Macarrão com Linguiça e Pimentão

Corre! vai!,
Abre a geladeira; pega o alho (um dente só, mais do que suficiente), óleo, requeijão, cebola, molho shoyu, salsa, orégano e Bife. Põe a frigideira no fogo ( não muito alto, claro), joga a carne, espera fritar, depois joga água pra não queimar, depois corta cebola e alho e põe por cima, vai deixando fritar e a água secar... por fim, molho Shoyu, continua fritando até secar todo o caldo e fritar um pouco da cebola pré-cozida, não se esquecendo de por salsa e requeijão no arroz.... NÃO DEIXANDO QUEIMAR O FEIJÃO, CLARO!
Por fim, ficou pronto o meu primeiro almoço apressado morando praticamente sozinha... nunca um Arroz com salsa e Bife acebolado foi tão gostoso.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

PEIXES

Peixes veste sonho.

Imagens de cabelo de cavalo com o jeito desleixado do poeta bebaço.

Num dia no bar, calça rasgada, meias trocadas, óculos escuros.

Numa noite no mar, delicadeza, linho, seda.

Ou roupas que dormiram por muito tempo.

Vestidos longos como uma sereia.

Traças na roupa vitimada pelo tempo.

Ou os lançamentos da última estação.

Peixes veste-se em cardume.

Ou no caos que é um closet.

Sensível à maré das modas, dita espírito camaleão às passarelas.

Lixo é luxo.

Estética do brechó.

Tênis reluzente no hábito de uma freira.

Mundo mix embriagando Armani.




(Pro Ícaro).

domingo, 26 de abril de 2009

Domingo.

É engraçado esse negócio de se apaixonar pelo novo, eu me apaixonei e não quero mais conviver com os meus fantasmas... EU NÃO QUERO VOLTAR!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Memória dos meus Quinze

Eu sempre gostei muito de machucar quem eu amo, de ver o poder que tenho sobre tudo o que me rodeia, tudo o que alimenta o meu ser, até sobre o ar poluído que eu respiro e adoro. Sempre desejei ficar só, reclamava que os meus pais/irmãos nunca me deixavam sozinha em casa, e eu não tinha muito tempo para pensar nas minhas coisas (sonhos sem cabimento e afim), e quando eu ficava só, aproveitava cada momento fazendo o que nunca tinha oportunidade de fazer, ou seja, fumando cigarros da minha mãe escondido, vasculhando 'segredos', afim de encontrar uma coisa que realmente me surpreendesse e alterasse o pensamento de vida pacata que eu achava que os meus pais levavam.
Eu sempre achava alguma coisa que eu levava comigo guardado debaixo do meu colchão, fosse um diário antigo, uma carta, ou um album de fotografias antigas, gostava de ver antes de dormir, me comparando com minha mãe, nas coisas mais lindas, amores impossíveis e sonhos sem cabimento, assim como eu tinha, com o meu pai, era a aparência física que me fazia achar impressionante e ter uma noção de como eu vou ficar no futuro.
E sempre eu queria estar longe de lá por alguma razão, por ser diferente, ou pra ficar com os meus amigos, beber em algum lugar, ou todas as coisas erradas que eu fiz para poder deixar aqueles dois velhos sozinhos naquela casa imensa, preocupados com o meu bem-estar.... eu realmente não me importava aparentemente, mas quando a vida ferrava comigo, era no peito dela que eu tornava a deitar, sentindo aquele cheiro de pele limpa com cigarro que eu gostava desde pequena... com Ele, eu sou meio fechada, talvez por ele ser, mas ele nao entende o meu jeito de amar, o jeito que sempe dói.
Enfim, hoje eu consegui metade do que eu quis, que foi a liberdade, estar em outro lugar atrás dos meus objetivos, outra cultura, outras pessoas, outra vida... mas nada disso me satisfaz, nada disso me completa, eu sinto falta de ter a casa cheia, das preocupações, do latido dos cachorros, de tudo, não da pra ver um filme do Rocky Balboa, que me destrói o coração, mas a vida é isso, e eu tenho que passar dessa fase pra conseguir seguir em frente. No final das contas, eu sempre fui independente, sempre tive minha liberdade forçada por mim, mas estar longe deles, e lembrar da fisionomia de algum deles rindo, me tira água dos olhos o tempo todo.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

PASÁRGADA

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.



Texto extraído do livro "Bandeira a Vida Inteira", Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Faca de dois Gumes

Cidade grande, carros rapidos, tempo voa, pessoas morrem, outras nascem, bandido e suas maldades, beijo na boca, hálito de cigarro, o gosto da skoll, trabalho na cara, faculdade acessível, pouco dinheiro, chuva na cara, maquiagem borrada, nariz vermelho, água salgada nos olhos, suadades, lembranças, egoísmo, destino, correr, 2 kg, feijão e arroz, risos, frio na barriga, sangue na barriga, sangue no pescoço, sangue pelas veias, raiva, confusão, respeito, responsabilidade, cadê meu pai e minha mãe? e meus amigos? vai, vem, fica, volta, trai, termina, omite, desespera, aceita, ama, ama muito, mas nunca se sabe o que vem amanhã.

terça-feira, 31 de março de 2009

Sempre morrendo de saudades.


Já encontrei as minhas pessoas.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Lucas

Yasmin diz:
égua, to lendo até o final aquele risíveis amores
Yasmin diz:
eu só lembro de ti o tempo todo quando eu leio
Yasmin diz:
foi por isso que eu trouxe
Yasmin diz:
tu faz falta pra caralho
Yasmin diz:
e eu te amo
Yasmin diz:
eu vou no habibs
Yasmin diz:
ja volto
olǝlɐɹɐd osɹǝʌuı diz:
bjs
olǝlɐɹɐd osɹǝʌuı diz:
te amo
olǝlɐɹɐd osɹǝʌuı diz:
nao se esquece de mim
olǝlɐɹɐd osɹǝʌuı diz:
e olha eu li teu texto
olǝlɐɹɐd osɹǝʌuı diz:
fiquei rindo e chorando da saudade que vou sentir
olǝlɐɹɐd osɹǝʌuı diz:
se eu nao tiver aqui quando tu voltares ja vai ter lido isso




E eu não tenho vergonha de dizer, que eu te amo mais do que eu amo uma caceta, ê.

terça-feira, 24 de março de 2009

Chegou o Outono.

O outono é quando se dá troca de energia. A energia yang do verão se transforma em yin. Do céu vem a secura. Os dias vão ficando mais curtos, mais escuros, a manhã e a tarde ficam mais frescas.
Nela, todas as doenças crônicas se agravam. O metal como um machado, corta a vida da natureza. Caem as folhas, a exuberância da vida diminui. A cor branca lembra o reflexo do metal. O outono é a estação da nostalgia, como se a natureza sentisse saudade dos dias de verão.
O corpo segue esse ritmo, o pulmão representa o metal, é um órgão yin, associado ao intestino grosso que é uma víscera yang, tem o seu sabor picante, mas os sentimentos estão relacionados á tristeza, intranqüilidade e a saudade do que se passou.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Céu

Daqui há pouco tempo eu vou explodir, vou me mudar pra lua, conhecer o paraíso e fazer amor com os astros.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Balança

É incrível como inconscientemente quando alguém da algo, sempre tem aquele sentimento de que vai receber/ ganhar outra coisa em troca, como se o tempo inteiro as coisas tivessem que ser balanceadas, as atitudes balanceadas com outras atitudes e assim vai até desequilibrar, o problema é que quando desequilibra uma das partes tem que ceder pra poder ficar tudo igual e equilibrado de novo.
Falando assim, parece uma solução simples, mas não é, quando as partes ficam diferentes, é muito mais difícil entrar num consenso, porque tem orgulho, rancor, mágoa, e um milhão de sentimentos no meio, onde fazem as pessoas se fecharem cada vez mais, principalmente quando são dois cabeça-duras. Eu não tenho mais saco, nem peso pra poder equilibrar tudo o que eu sou cobrada, aí eu vou deixando e deixando, até desequilibrar de vez e não ter mais jeito, como todas as coisas pendentes que existem na minha vida e sempre existiram porque as vezes eu preciso que alguém equilibre por mim, pelo menos uma vez.

terça-feira, 3 de março de 2009

ATA-ME

Comer de pressa
Correr de tanta pressa
"passar" por tudo
com susto, voando, não te conheço
Não me conheces
Todos juntos
Falando, gesticulando, falando
Gritando
Não te vejo
Não me vês
Solidão coletiva
"High Ansiety"
Ritmo frenético

A cidade corre
O tempo voa
Carros a 200 por hora
Sanduíches rápidos
Motéis para rápidos amores
Viagens curtas
Dinheiro curto
Não curto
Não tenho tempo para seduzir
Então seqüestro!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Eu não sei ao certo, o que esse trajeto incerto, de certo afirma que nem sempre certo vence, mas talvez seja isso que no fundo faz crescer ou se perder na armadilha inconstante que é gostar de alguém tão errado de mim assim.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Calmaria.

Tudo anda bem, bem como em muito tempo não esteve, ta que não é aquele tipo de bem que me faz flutuar assim que eu acordo com a visão ofuscada por só enchergar coisas boas o tempo todo e ponho os pés na beira da cama pra endireitar o lençol e me cobrir da forma mais sincera e aconchegante quando eu vou dormir, mas é o tipo de bem que me completa da maneira certa, me da o que eu preciso, nem muito, nem pouco, mas o necessário para eu enchergar a realidade de uma forma simples e direta e ver que eu me sinto completa de novo, diferente, muito diferente, mas completa, sem meias palavras ou mentiras, bora ver o que o destino me aguarda dessa vez.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O Apreço não tem Sexo

Quando alguém chega assim e fala que tu és única, jurando amor etérno, fingindo toda aquela carapuça melecada de gozo e orgulho que da até nojo de sentir o cheiro repulsivo de falsidade misturado com aquela conexão linda inexplicável de negar aquele forte sentimento que não existe nome concreto, e por ser tão capaz de te fazer perder o apreço em segundos por pessoas importantes que não tem nada a ver com isso, deixando só o seu veneno que é o amor eterno com uma pitada de angústia por conseguir tudo isso com a simples presença querendo e sabendo do que é capaz, do poder que tem, um poder que não tem nome assim como nada do que ta escrito aqui tem nome ou explicação. Eu não queria entender o que se passa aí por dentro, o porquê de todo esse poder, ou porquê esse poder todo é em mim, porque todos os cantos, ruas, alamedas, debaixo da cama, o chão do banheiro, na chuva, porquê tudo isso tem um significado que só cabe a ti lembrar e relembrar todas as vezes que meus olhos enxergam aquele começo de gengiva venenosa que se apossa das minhas córneas hipnotizando meu cérebro e deixando minhas pernas bambas por eu simplesmente não te admirar mais, parece que é errado sentir isso, mas ao mesmo tempo é certo porque no fundo tu és um pedaço de carne apodrecido sem alma, que se alimenta do sentimento puro que em mim existiu, isso nunca teria acontecido se não saísse do meu controle, e eu te odeio por isso.
Os dezoito dias mais longos que os ultimos seis meses.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Eric's Trip

Hatred
I hate the past

I can't see anything at all, all I see is me
that's clear enough
and that's whats important, to see me

my eyes can focus
my brain is talking
looks pretty good to me
my head's on straight, my girlfriend's beautiful
looks pretty good to me

sometimes I speak
tonight there's nothing to say
sometimes we freak
and laugh all day

hold these pages up to the light
see the jacknife inside of the dream
a railroad runs through the record stores at night
coming in for the deep freeze

Mary: a simple word, are you there in the country?
Yr eyes so full, yr head so tight
can't you hear me?
Remember our talk
that day on the phone?
I was the door, and you were the station
with shattered glass and miles between us
we still flew away in the conversation

my cup is full, and I feel okay
the world is dull, but not today

she think's she's a goddess
she says she talks to the spirits
I wonder if she can talk to herself?
If she can bear to hear it?

this is Eric's trip
we've all come to watch him slip
he's slipping all the way to Texas
can you dig it?

(Eric says "The sky is blue...")
I see with a glass eye
the pavement view
a shadow forming, across the fields rushing
thru me to you

we tore down the world, and put up four walls
I breathe in the myth
I'm over the city, fucking the future
I'm high and inside yr kiss

we can't see clear
but what we see is a alright
we make up what we can't hear
and then we sing all night

scattered pages and shattered lights
a jacknife and a dream
there's something moving over there on the right
like nothing I've never seen

Bons Leitores