terça-feira, 30 de setembro de 2008

VENETA

Como num conto de fada
Ou como alguém rolando a escada
Vou pra civilização
Cabeleira incendiada
No barranco, na boléia
Uma candeia em cada mão
Eu quero um amor de primavera
Procuro letreiro de néon
Pretendo zoar a noite inteira
Preciso encontrar um homem bom
Que me deixe louca a chorar pitangas no breu
Que me beije a boca na laje do arranha-céu

E se a vida tomar jeito
Vou andar no parapeito
Com vestido de lamê
Ou sentar na esquina da fome
Da guimba, do desdém
Da gangue da Praça da Sé
Eu quero um amor de primavera
Procuro letreiro de néon
Pretendo zoar a noite inteira
Preciso encontrar um homem bom
Que estenda um tapete vermelho e me beije a mão
Que me arranque a roupa no meio da multidão

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O Mergulho

Quando mergulhei em abril e fui bem lá no fundo para ver os corais de mais perto, estava tão ansiosa por sentir todos eles e tocá-los que acabei estourando os meus tímpanos com toda aquela pressão e quanto mais chegava perto do que eu queria, mais doía, e foi assim que eu perdi a minha audição, por míseros lindos e inesquecíveis corais.

domingo, 28 de setembro de 2008

Reflexão de Domingo [5]

Como de costume, chego em casa e começo a me sentir só, quando vejo, me pego pensando em assuntos que não tem mais nada a ver com o hoje nem com o ontem, são assuntos de mil anos atrás, coisas mal resolvidas ou sem explicação, falta de comunicação e de palavras verdadeiras sem aquele medo de ser punido por falar tudo de mais verdadeiro que se sentiu ou ainda sente, acho que o nome disso é apreensão, medo de sí próprio, das coisas que pode ser capaz de fazer por se deixar levar por sentimentos momentâneos ou sentimentos fortes que a gente tanto se controla para não sentir, porque pode ser errado, pode ser o caminho mais difícil e nem todo mundo gosta de dificuldade como eu.
Eu não queria parar pra pensar nas coisas, queria o tempo todo ocupar a minha mente, mas não da, vai ter uma hora que tu vais por a cabeça no travesseiro e vais pensar, vais sentir falta, vais te fazer perguntas, vais ter respostas, eu ando confusa, as coisas não são como eu pensei que iam ser... acho que eu não sei mais ter alguém.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Odeio música Sertaneja

http://www.nortefest.com.br/videos/victor_leo.jpg


Odeio, e odeio mesmo, sinceramente, eu não entendo as pessoas, tamanha sexta-feira á noite, eu querendo ir pra minha casa dormir porque acordei cedaço, peguei o remédio da mamãe, fui no shopping, fiz compras, voltei pra casa, depois sái de novo, fiquei um tempo na rua e voltei DE NOVO pra casa num ônibus lotado, tamanha 21:40 da noite, onde as pessoas deveriam sossegar a perseguida e o seu perú, comer uma batata frita, ou um churras, ver a favorita e ir dormir, como bons trabalhadores, pessoas cansadas e estressadas que moram no fim do mundo, assim como eu.
Mas nãããããão o que metade dessas pessoas estava fazendo? indo ver uma merda de show de victor e léo, QUE MERDA DE VICTOR E LÉO DOIDO, VÃO PRA CASA BATER UMA PUNHETA E DORMIR, AO INVÉS DE FICAREM FAZENDO UM ENGARRAFAMENTO DE DUAS HORAS E MEIA PRA CONSEGUIR PASSAR DA FRENTE DAQUELA PORRA MAL PROJETADA DE CIDADE FOLIA, cidade folia é meu cu doido, como asssssim, fiquei em pé naquele ônibus POR DUAS HORAS CONTADAS!!!! sozinha, acho que não vi tanta gente assim nem na época do círio, e égua, o impressionante era a galera lá na casa do caralho, descendo do ônibus lá perto do bosque pra ir pro cidade folia Á PÉ, égua da pernada cara, uma pernada até pra quem ta de bicicleta, poisé, e com o calor dessa cidade e as pessoas mal humoradas e fedorentas, foi realmente foda, mas o que me deixou meio alegre, é que fiz amizade com duas mulheres que moram aqui no meu conjunto, aí eu não me estressei tannnto assim... e eu vi umas coisas engraçadas, tipo: tinha um cara lá no meio da cagada e o carro dele deu prego no meio do engarrafamento, começaram a xingar o coitado e ele ficou todo errado, até que chamou uns caras pra empurrar o carro, eu vi umas pessoas que estudaram comigo na 5º série e que eu ia pra 15zola, com um salto gigantesco todas empinadinhas de cabelo alisado, VÃO COCOTAR NO MIRAGE CARALHO E DEIXEM EU IR PRA MINHA CASA!
Mas continuando, só sei que demorou muuuuito, e quando eu passei na frente do cidade folia, MEIA NOITE, eles nem tinham começado a tocar, fora que umas doidas tavam fofocando que o show ia ter no máximo duas horas, o que se torna mais revoltante porque porra, teve gente que foi andando da casa do caralho, gente pindurada no ônibus com ódio pra ter duas horas de show e ainda chegar atrasado as vezes, fora que égua 40 pau é muita grana pra dar assim cara, mas gosto é gosto né, não posso mudar a cabeça das pessoas nem a ignorância das pessoas, e eu não me importo se eu sou preconceituosa em relação a isso mesmo e foda-se. Ainda deve estar rolando, a galera deve estar pirando, se beijando, se pedindo em namoro, em casamento, ou brigando, jogando cerveja na galera, transando e amando não conseguir se mexer naquele lugar, porque sério, eu pensei que conhecia o inferno quando andava em ônibus lotado, mas caralho, aquilo era pior do que qualquer lugar cheio que eu já estive, e nesse caso o ônibus que foi meu salvador, PELA PRIMEIRA VEZ EM UM ANO E POUCO, que lindo!!! sério, eu não to conseguindo expressar a minha indignação, mas a partir de hoje, juro que tenho repulsa peso á música serataneja, juro também que um dia vou jogar um ovo podre na cara do victor e léo (como se fosse a mesma pessoa né, mas foda-se sertanejo é tudo igual) MENTIRA, QUE EU GOSTO DO SÉRGIO REIS!!! GOSTO MESMO, SÓ VIA PANTANAL POR CAUSA DELE, beijo serjinho!!!! ê, podre.. enfim, posso ser presa, mas vou feliz em cana (ê, a exagerada).
E como homenagem, vou até por uma música desses caras MUITO CRIATIVOS!!!





Jogo Da Vida

Victor e Leo


Ela estava linda
Em plenitude infinda
Foi a primeira vez que a vi

( primeiro que esses caras só querem saber de rimar, e nem se ligam em concordar uma frase ou deixar a frase menos clichê e legal, fora que sempre rola um "plenitude", se foder...)




Era madrugada
Era quase manhã raiada
E eu ainda estava ali


(E AÍ SE TU ESTAVAS ALÍ??? ELA NÃO QUER VOCÊS DOIDO!!! que manhã raiada, FALA QUE NEM MACHO CARALHO!)



Se fosse pra te deixar, te deixaria dentro de mim
Se fosse pra te esquecer, te esqueceria
Só pra lembrar outra vez e ficar, assim como se nada fosse ruim
Tudo é tão bom entre você e eu

(deixaria o que dentro de ti doido? se tu não queres esquecer, então continua sofrendo, MAS DEIXA EU IR EM PAZ PRA A MINHA CASA! ta ta ta continua relembrando, aproveita e toma veneno 'tudo é tão bom entre eu e você' só se contradiz doido, acaba de dizer que 'como se nada fosse ruim'


No jogo da vida
O que acontece gira em torno dos pontos que você me deu


("jogo da vida" nem é um jogo doido, só fala merda, e se a tua vida gira em torno dos pontos que alguém te deu, é porque ta foda pra ti doido, ta submisso, te enterra SEU OTÁRIO, DOIS OTÁRIOS ENRIQUECENDO, depois dessa eu vou dormir).



Espero que ninguém me processe depois disso, mas porra doido, até eu faço música melhor...

ei tu...

é, tu mesmo... tu ainda lê meu blog?
diz que sim?!

Tempos

E quem diria que o tempo fosse passar dessa maneira, assim derrubando tudo e não voltando atrás nem um segundinho só, mudando toda uma vida e um jeito de agir e pensar, tempo e números não são nada, datas são apagadas com o tempo, onde nada mais fará sentido.
O tempo passa, poucas coisas ficam, o tempo muda, o tempo cura, o tempo fere, o tempo ajuda, o tempo é necessário e ao mesmo tempo cruel, o tempo esquece, e o pior! nunca para... nunca, apesar de que tem gente que para no tempo, esses sim ficam pra trás, assim como eu fiquei um certo tempo.
As pessoas fazem o que lhe é cabível, nem um pouco racional, totalment eilusório, totalmente doido, maluco ou qualquer palavra que se encaixar bem, mas fazem isso por ser exatamente o que lhes falta no momento, o tempo todo tentando suprir coisas, suprindo com as coisas mais idiotas e sem sentimento aparente, confundindo tudo por um certo período, até cair em sí e ver que ta fazendo uma grande merda e parar com tudo isso e suprir fazendo uma merda menor, mas sempre cagando tudo porque enfim, caga uma vez, caga duas... e assim vai, até nunca conseguir atingir a "perfeição" e parar de fazer merda, mas parece que tem gente que parece que nasceu pra se foder.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

As vezes eu invejo as pessoas puras

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Arcipreste Manoel Teodoro Nº359




Foi nessa rua estreita, meio mal feita, meio macabra, meio deserta... nessa rua linda onde me faz ter uma overdose de nostalgia e o saudosismo cria outro sentido pra tanto sentimento acumulado que em um só lugar consigo sentir coisa por coisa ao passar por esse pedaço de mim.
Essa rua sou eu, essa rua foi minha, essa rua é tua, essa rua foi nossa.
Essa rua é meu sexo, essa rua é meu desejo, essa rua é minha infância, essa rua foi meu primeiro beijo, essa rua é cada pedaço que dentro de mim anda despedaçado, essa rua é onde eu depositei todos os meus sentimentos...
Nunca fui boa em mudanças, nunca... não sei mudar, não sei deixar, não sei me desapegar e esquecer, nem quero esquecer da minha rua a rua em que em 1920 nem existia, não passava de um simples lamaçal, quem diria que 90 anos depois fosse dar tanta felicidade e aprendizado pra alguém tão confuso como as imperfeições e pedras quebradas que já tanto me fizeram tropeçar ou bater o mindinho ao ponto chorar de raiva por se sentir uma idiota por não prestar a atenção por onde ando.
Faz um ano e alguns meses que fui obrigada a deixar essa rua, muita coisa mudou, minha nova rua era completamente imperfeita, não podia chover que aquela areia/barro sei lá o que fazia eu me sujar toda e chegar deixando marcas de sapato sujo no chão, ao decorrer do tempo, essa rua foi se melhorando, foi asfaltada, limpa, as pessoas pintaram suas casas e meu pé não fica mais sujo quando chove, fora que é uma das ruas mais bonitas com uma árvore linda perto da minha casa, é uma rua nova, uma rua que conseguiu melhorar, a mudança que ela passou foi necessária para a sua melhora... não é cheia de imperfeições como a antiga, e eu não tropeço mais nas pedras do caminho, mas enfim, eu era mais feliz tropeçando...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Barata

No banheiro da minha casa, habita uma criação de baratas, sempre que eu vou no banheiro de madrugada eu encontro uma ou duas baratas fugindo de mim enquanto eu vou fazer xixi, mas já que faz mais de um ano que eu convivo com elas, nem me incomodo mais , sempre elas morrem quando a minha mãe põe baygon no banheiro ou quando manda a empregada jogar água quente no ralo, mas sempre morrem, nunca sobrevive uma pra contar a história, o que eu acho curioso é não entender o objetivo delas, já que as vezes a barata fica "criança" e eu acompanho o crescimento dela ao decorrer dos meus xixi's de madrugada, vou vendo a barata crescer até ela se tornar uma baratona asquerosa que me da nojo só de ver ela em pregada na porta, mas enfim, pra quê não deixar a bichinha viver e conseguir o seu "objetivo" seja lá ele qual for.
Hoje eu fui fazer xixi como de costume, e eu vi uma baratona na porta, não fiz nada (como de costume), fiz meu xixi, lavei a mão e fui fechar a porta, quando balancei a porta pra fechar, a barata se assustou e correu pra dobradiça, mas eu não tinha visto, aí quando fechei a porta, ouvi um "crec", é, eu esmaguei a barata, coitadinha, nem foi a minha intenção, ia deixar ela viver mais um tempo porque sei lá, ela nem me fez nada, diferente de algumas baratas que já passaram por aqui por casa e ficaram aterrorizando as minhas noites de internet, voando por cima de mim, ou pela tela do computador, essas sim da uma vontade absurda de matar e estraçalhar todinhas, mas a que eu matei sem querer nem tinha feito nada, me senti até um pouco mal... aí eu me pergunto, por que eu fico mal por ter matado uma barata podre, nojenta, etc?
Conclusão: acho que ando sensível demais esses tempos pra me sentir mal por ter esmagado uma barata nojenta que só faz me deixar agoniada quando vou fazer xixi e ela está pelo chão, só não queria ter matado, mesmo que fosse sem querer. Ainda agora fui no banheiro pra ver se eu encontrava ela esmagada pela dobradiça, mas quando cheguei, as formigas já tinham limpado quase tudo, só sobrou algumas perninhas mesmo, as formigas devem ter feito uma festa, pelo menos já tem comida até semana que vem, ai credo. Enfim... Lição da noite: O azar de um é felicidade de outros, ê, que merda de post, isso é saudade eu acho.

domingo, 21 de setembro de 2008

Reflexão de Domingo [4]

É, mais um fim de domingo estranho, na minha casa fria e "vazia", pensamentos soltos, sobre esse fim de semana que foi meio surpreendente, fazia tempo que eu não me sentia assim, não é "bem" a palavra certa, mas está tudo absolutamente normal, nenhum sentimento ruim, nenhuma escolha ou merda feita, isso sim é estranho... mas enfim, espero que continue assim.
Adrift again 2000 man
you lost your maps,
you lost the plans
did you hear them yell,
"land damn it land"?
you say you can't
well I hope you can
I hope you can
How's it goin 2000 man
welcome back to
solid ground my friend
I heard all your controls
were jammed
well it's just nice
to have you back again
But I guess they still
dont understand
and they can never understand
and they said go find 2000 man
and they said tell him
we've got new plans
but instead I'm here
to tell you, friend

I believe they want you to give in

Are you giving in 2000 man?
(did you love this world and did this world not love you?)

Are you giving in 2000 man?
dont give in 2000 man.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

ADVIIIIIIIIIIINHA!

ÉGUA DA OTÁRIA, SÓ FALA MERDA CARALHO, CALA A BOCA...













pronto, desabafei :)
De repente a gente rasga a roupa e uma febre muito louca
Faz o corpo arrepiar...


Depois do terceiro ou quarto copo tudo o que vier eu topo
Tudo o que vier vem bem
Quando bebo perco o juízo

Não me responsabilizo nem por mim nem por ninguém
Não quero ficar na sua vida como uma paixão mal resolvida
Dessas que a gente tem ciúme e se encharca de perfume
Faz que tenta se matar

Vou ficar até o fim do dia decorando tua geografia
E essa aventura em carne e osso deixa marcas no pescoço
Faz a gente levitar

Tens um não sei que de paraíso e o corpo mais preciso
Que o mais lindo dos mortais

Tens uma beleza infinita e a boca mais bonita
Que a minha já tocou

O nome disso é PORRE! (Dulcinéia)

Dulcinéia desligada, não corria atrás de nada, desiludida com a vida e com sua separação, sem rumo e sem perdão, mêses e mêses mergulhando a cabeça na sarjeta e no alcool, no dia que acabava duas garrafas de vinho com um amigo não sabia o que lhe esperava.
Dulcinéia pegou carona para ir dormir na casa de sua amiga, piscou os olhos e se deparou deitada no chão de um prédio olhando para as estrelas, tentando ver as constelações que nunca estudou, ou ver uma estrela cadente só para o momento se tornar bonito, falava falava e falava, mas não sabia do que falava e com quem falava, até olhar em volta e ver que não estava sozinha, que sensação agoniante de frio na barriga misturado com ansiedade e vontade de ir no lugar mais longe e mais alto que poderia ir para cair de braços abertos de uma altura onde não fosse morrer em cima de uns lençóis quadriculados enórmes, com o vento pelo corpo sendo embrulhada para poder dormir, mas isso infelizmente não era o que poderia acontecer na hora, Dulcinéia olhou para o lado e percebeu que toda a sua agonia tinha um nome, e o nome era Dante.
Dante olhava para Dulcinéia como se já a conhecesse de algum lugar, ria das coisas mais estranhas que Dulcinéia falava, e observada as estrelas junto a ela fazendo comentários e comentários, Dulcinéia nunca tinha visto um sorriso tão bonito como o de Dante... logo logo, as estrelhas se recolheram, e só restaram nuvens, a lua bem desfarçada, e o sol começou a nascer, logo perceberam que já tinham conversado fazia mais de três horas e tinha passado num piscar de olhos, tinham que ir embora, essa se tornou a regra dos dois, só quando amanhecia os dois tinham que se separar e voltar com as suas vidas sem graça e sem emoção, mas eles já tinham estragado tudo, já tinham criado um vínculo, antes mesmo do seu primeiro beijo, o vínculo se criou a partir do momento que se olharam no mesmo momento enquanto estavam olhando as estrelas, e nem o beijo, ou o melhor sexo do mundo, conseguiria passar por cima disso.
Chegou a despedida, Dante foi andando devagar, Dulcinéia também, devagar e mais devagar porquê sabiam que iam se separar, Dulcinéia por sua vez não esperava nada, já estava tão desacreditava, que nem acreditava no sorriso daquele rapaz, por sua vez, Dante de uma maneira meio afobada e desajeitada, beijou Dulcinéia com a intensidade que o momento os proporcionava, Dulcinéia não acreditava, parece que era um peixe que tinha entrado em seu aquário após cinco minutos fora dágua...
Os dois estragaram tudo, sabiam que era errado e não exitaram, sabiam que não ia dar em nada, mas não se controlaram, pois Dante já o tinha o seu "Dom Quixote" e Dulcinéia sabia disso, mas mesmo assim...





(continua.. tô odiando essa história)

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Um pouco de Dulcinéia

Dulcinéia era cheia de vida, mas ao mesmo tempo tinha preguiça de quase tudo, não fazia nada além de namorar, e nunca tinha tempo para a suas obrigações, vivia em um mundo de aparências, cheio de intensidade e diversão, amava a sua vida e o seu namorado era a coisa mais importante do mundo.
Dulcinéia gargalhava da desgraça alheia, junto com os seus amigos que por mais que não tivessem um grão de ervilha na cabeça, eram muito unidos e se respeitavam bastante. Dulcinéia era apenas uma adolescente que estava descobrindo o sabor do sexo e das drogas (tudo o que a tinham dito que era errado em todo o seu crescimento), por ser a única mulher da família por parte de mãe, ter um pai machista e dois irmãos homens, cresceu junto com o machismo acumulado daquelas cabeças podres sem coerência alguma, sempre pensou muitas coisas á respeito do que eles diziam, e sempre achou muito errado a imagem da mulher perante a essa sociedade e perante a eles próprios.
Dulcinéia nunca foi de respeitar regras, mesmo pequena quando ia para festas familiares, sempre fazia alguma coisa de errado e dava um jeito de fazer nunca suspeitarem que aquela menina "meiga e doce"fosse capaz de fazer alguma coisa, mas Dulcinéia sempre foi mais esperta que as crianças de seu meio, sempre pensou além do que se era permitido para a sua idade.
Dulcinéia cresceu um pouco, se tornou uma pré-adolescente aprendiz do que tinha sido quando criança, Dulcinéia até seus 12 anos de idade, era uma menina inocente, acreditava cegamente na bondade do ser humano, e não queria saber de desgraça, só queria brincar com seus amigos e dançar e roubar peteca dos meninos, Dulcinéia sempre foi de se apaixonar rápido demais, aos 12 anos de idade, arrumou um namoradinho cujo namoro era voltado a um vídeo game, onde Dulcinéia fazia questão de ganha-lo em todos os jogos que competiam, isso sim era namoro para ela, não para o resto das pessoas que a cercavam e achavam que isso iria acabar em uma gravidêz indesejada, mesmo com 12 anos, as pessoas conseguem ser muito maldosas, não acreditam nem que as próprias crianças podem ser puras.
Dulcinéia perdeu sua inocência, ou grande parte dela, quando quase foi estuprada pelo seu melhor amigo, até hoje, acho que esse foi o pior dia de sua vida, o dia em que quase perdeu a fé em todas as coisas, e se recusou a acreditar que o ser humano tem bondade dentro de si. Ficou desacreditada de amizade quanto a meninos, e se afastou de todos, isso acabou abalando a relação com o namorado, não sentia mais vontade de jogar vídeo-game com ele, então pra que namorar? namoro terminado... há rumores que até hoje o dito cujo não a esqueceu, mas Dulcinéia nem se quer lembra de suas feições.
Aos 13 anos de idade, pouco tempo se passou, Dulcinéia desacreditada andando pela rua, sem razão alguma, odiava um certo indivíduo que morava perto de sua casa. Todas as vezes que Dulcinéia cruzava com o pobre Tarcísio na rua, ou atravessava a rua, ou olhava com uma cara muito feia para ele, e por que? nem ela sabia o porquê de tanto ódio...
Tempos depois o conheceu, e isso fez uma reviravolta nos sentidos de Dulcinéia, ela finalmente tinha encontrado uma pessoa que podia confiar cegamente, que não iria tentar abusar dela ou qualquer coisa do tipo, achou engraçado o menino que ela odiava, que ela atravessava ao cruzar na rua conseguisse virar a pessoa em que ela mais confiara no mundo.
E os dois tinham uma amizade intensa e verdadeira, talvez a mais verdadeira que Dulcinéia um dia chegou a ter, todas as pessoas, todos os amigos pensavam que os dois namoravam, mas era uma amizade tão verdadeira e intensa, que os dois se revoltavam quando alguém deturpava a situação ou falava asneiras. Tarcísio e Dulcinéia eram unha e carne, faziam tudo juntos, se ligavam, viviam um na casa do outro, mas Dulcinéia nunca tinha olhado Tarcísio com outros olhos, até que chegou um dia em que não se viam fazia mais de uma semana, e Tarcísio aparece com uma aparência jogada e com um cigarro na mão, no mesmo segundo que Dulcinéia o viu, não conseguia acreditar no que estava vendo e sentindo, não conseguia entender porquê o seu coração estava batendo tão rápido e o porquê de ter se embaralhado e perdido as falas completamente ao cumprimentar seu melhor amigo.... Tarcísio notou a diferença na entonação e no jeito que Dulcinéia o olhou, mas era muito estranho para pensar em alguma coisa do tipo.
Com o passar do tempo, Dulcinéia começou a ficar angustiada ao perceber que gostava de Tarcísio, talvez por isso que implicava com ele no começo ao nem se quer querer passar ao lado dele na calçada, pensamentos loucos embaralhados confundiam a cabeça de Dulcinéia que cada vez mais de afastava de Tarcísio por medo de assusta-lo com tal revelação ou de dar muito na vista, estava com medo, só pensava nisso, suas notas no colégio eram as piores, e sua ausência em casa só fazia piorar.
Até que belo dia, tamanho Dezembro, provas já tinham passado, recuperação, Dulcinéia conseguira passar para o seu segundo ano, o ano estava quase acabando, e para comemorar, Tarcísio chamou Dulcinéia para ir ouvir música em sua casa e comer alguns salgados de padaria, Dulcinéia se empiriquetou toda, botou seu melhor sutiã de enchimento, arrumou o cabelo (como não costumava fazer) e foi ao encontro do tão pensado Tarcísio. Chegando lá, Tarcísio a elogiou, e disse "Tu estás estranha" mas Dulcinéia conseguiu contornar tudo com uma piada irônica, típica de seu humor. Estavam sozinhos em casa, clima fim de tarde, o sol estava quase para ir embora, e foi-se quando a chuva chegou deixando um clima frio e aconchegante, e pela primeira vez, Dulcinéia percebeu que estava rolando algum clima que tinha sido criado por Tarcísio. Dulcinéia quase se belisca para saber se estava dormindo ou se estava realmente acordada, seu coração bateu tão forte como batidas do araketu em época de ual, até que sutilmente, sem falar nada, Tarcísio deu um beijo em Dulcinéia, um beijo que fez esquentar tanto, que a água da chuva foi completamente evaporada para dentro daquela sala fria.
Com os nervos á flôr da pele, hormônios, e a adolescência gritando, pedindo socorro!!! me liberta!!! Dulcinéia foi além do que jamais conseguira ir, devido ao tráuma de sua pré-adolescência, nem conseguiu pensar em nada, só em que estava perdendo a sua virgendade do jeito que havia planejado, com a pessoa mais confiável que podia existir na face da terra...
Pernas trêmulas, joelho dobrado, sutiã de enchimento no chão, clima frio, beijos e mais beijos, lábios macios dançando de alegria um sobre o outro, dava para ouvir o barulho das gotas de chuva caindo sobre a janela do quarto, respiração forte, tanto de Dulcinéia quanto de Tarcísio que estava mais nervoso do que nunca. Demorou um pouco, pois Dulcinéia estava sentindo muita dor, mas por fim conseguiram, e conseguiram mais do que perder suas respectivas virgendades, além de fazer Tarcísio gozar e Dulcinéia ver que não era frígida, conseguiram, fazer nascer um outro tipo de amor de dentro de uma amizade que pessoas levam vidas para conseguir um dia ter esse tipo de relação com alguém, conseguiram fazer nascer o amor... um amor descomunal ao ponto de se tornar psicopata...










(a história de Dulcinéia continua, mas agora eu vou dormir)

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Palavras, palavras, palavrinhas, palavrões, palavras agrupadas adequadamente dão sentindo ao sentimento inexplicável, as palavras consertam, as palavras entendem, as palavras expressam, as palavrinhas deixam interrogações, os palavrões deixam mágoas, palavrinha e palavrão sempre terminam, mas as palavras, nunca acabam, sempre existe a palavra perdão.

Mês Cinco



É como se fossem em cinco tempos, asssim como os nossos cinco dedos da mão, o mindinho é o começo, onde tudo é muito intenso e começa a crescer desesperadamente sem perceber, passa para o anelar, que é quase o meio termo, tempo de dúvidas e incertezas, onde se passa para uma das etapas mais importantes, o médio é onde se torna mais intenso, tão intenso, que pode acabar decaindo quando passa para a fase do indicador, que vai diminuindo, diminuindo, de uma forma mais coerente, até chegar no polegar, que é a decisão se acaba ou se consegue ir para a outra mão com mais cinco dedos de etapas pela frente, que poucas pessoas conseguem passar do próprio mindinho. Cada tempo, cada "dedo" tem um significado e uma intensidade diferente que as vezes acaba e as vezes permanece, mas não quero continuar escrevendo sobre isso, só escrevi, porque eu me ligo muito em dias, horas, lugares, tempos, anos, coisa que nem deveria ter mais importância pra mim, mas eu sou besta, e é isso.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Me deixa caminhar pelas estrelas, onde a vida não me empeça nem me desapareça.

domingo, 14 de setembro de 2008

Reflexão de Domingo [3]

"Eu vou te dar a decisão

Botei na balança
E você não pesou
Botei na peneira
E você não passou
Mora na filosofia
Pra que rimar amor e dor
Se seu corpo ficasse marcado
Por lábios ou mãos carinhosas
Eu saberia, ora vai mulher,
A quantos você pertencia
Não vou me preocupar em ver
Seu caso não é de ver pra crer
Ta na cara"



Hoje após essa semana bombástica em todos os aspectos, meu fim de semana terminou ótimo, graças aos meus amigos, que me fizeram feliz de outro jeito, só pelo simples fato de ficar juntos sem dizer nada, muitas coisas ficam subentendidas com um simples olhar, o que é mais que suficiente.

Agora eu acho engraçado reler as coisas que eu escrevi há um tempo atrás, e ver que eu sempre pareço perdida e disiludida, quando eu tenho muitos momentos de alegria, de paz, de sossego, eu vivo rindo, mas o problema, é que eu preciso me apoiar nas pessoas que são importantes pra mim, pra eu continuar sem cair, e se cair, me levantar sem muito sofrer... pra que rimar amor e dor?


sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Mulher De Escorpião

Mulher de escorpião
Comigo não!
É Abelha Mestra
É a Viúva Negra
Só vai de vedete
Nunca de extra.
Cria o chamado conflito
de personalidades.
É mãe tirana
Mulher tirana
Irmã tirana
Filha tirana
Neta tirana
tirana tirana.
Agora, de cama diz
que é boa paca.

Essa dita fase do Esquecimento

Onde...

Ainda sentes a falta?

Sentes a ausência?

Sentes a ráiva?

Sentes o cheiro?

Sentes o desejo?


Sinto só todo esse sentimento indo embora dia após dia, até não sobrar mais nada, pra quê?

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Alguém me da um carro?

Primeira Viagem:

Tenho dormido apenas duas horas esses dois dias que se passaram, porque quero ajustar meus horários, e fico aguentando o meu sono pra poder dormir na hora certa. Hoje acordei cedo, tomei banho, tomei café, dei um beijo na testa da minha mãe, e fui embora pro psicólogo, chegando na parada, esperei meia hora por um ônibus mais lotado que o inferno, tamanha 8h da manhã, fui a viagem inteira em pé, com esse calor infernal dessa cidade, aguentando gente me encoxando, olhando pra minha bunda, cc de um fedorento feio que tava do meu lado, pessoas batendo no ônibus muito putas "Ê MOTORA!!!", porque o motorista não parou na parada que desejavam, bebê chorando, gente conversando, gente dormindo, gente se beijando (por incrível que pareça, até no inferno tem um pouco de amor), gente com uma cara de muito putos, gente suada, gente feia pra caralho, trânsito uma merda, demorei mais de uma hora pra chegar... mas enfim cheguei.
Fui na assembléia procurar no setor médico o meu psicólogo, entrei por uns becos, que lugar complicado aquele, até que achei o dito cujo, nisso, ele mandou eu fazer uma tal de triagem, fui falar com a assistente social que nem queria me atender, mas foi super simpática comigo, e disse que me ligava pra poder marcar a minha hora (até agora não ligou), enfim, sái de lá e fui pra casa da luiza, que com certeza foi a melhor parte do meu dia, ouvir a avó dela acertando todas as nossas características foi muito legal, comi muito e ainda dei uma cochilada.



Segunda Viagem:

Saindo de lá, me despedi da luiza, ficamos imaginando como seria se um carro matasse nós duas uma hora,e nos despedimos, já que as paradas de ônibus são totalmente opostas. Fiquei na Tamandaré esperando o "Conj. Maguari Ver-o-Peso" passou um rapidola, mas não parou pra mim, incrível como esses motoristas são uns filhos da puta preguiçosos, já perdi mais de 20 ônibus por isso, "sorte" que não demorou muito, e passou outro pro meu "azar", subi, e estava completamente lotado, tinha só um lugar vago na parte dos idosos, nunca sento nessa parte, mas tava muito cansada e sentei, comecei a ler um livro que a luiza me emprestou hoje, e fiquei lá, não demorou muito, subiu um velho, mas eu tava muito cansada pra dar o meu lugar pra ele, pensei que eu podia ser egoísta em relação á isso pelo menos uma vez na minha vida, continuei lendo, minha vista cansou, fiquei com muito sono do nada e quase dormi, nisso, tinha um outro velho muito estressado com cara de pai do diabo, sentado na minha frente, estava de olhos fechados e só senti um tapão na minha perna "moça, não sabes ler que esse lugar é dos idosos?" completamente grosso falando alto e chamando a atenção dos outros passageiros, fiquei puta, mas na minha, nem olhei na cara dele e na mesma hora me levantei pra dar lugar pro velho que tava me olhando com uma cara horrível, quando me levanto, no mesmo segundo, o ônibus faz uma curva enórme e quase bate um carro, aí o motorista teve que freiar com os caralhos, só vi o velho que eu ia dar o lugar voando, voou tanto, que caiu de costas e bateu a cabeça na porta do ônibus (sorte dele que as portas estavam fechadas), na mesma hora, fui e ajudei a levantar ele, eu e mais um cara lá, OS ÚNICOS, no meio de um ônibus lotado.
Juro, que se esses passageiros tivessem uma cruz, me crussificavam na hora, todos me olharam torto, como se fosse a minha culpa a queda do velho, fora as indiretas de todas as velhas e velhos que estavam lá na frente, falando que eu não respeitava nada, que eu era uma "menininha" egoísta, aguentei tudo calada, não olhei na cara de nenhum, e não esperei o "obrigada" que o velho me deveu por eu ter juntado ele e dado o meu lugar, se fosse outra pessoa, talvez nem fizesse isso, enfim, fui a viagem toda muito puta, em pé com as pernas doendo, ouvindo todo o tipo de indireta naquele inferno, mas fiquei calada, ganho muito mais do que começar a discutir com todos aqueles ignorantes filhos da puta, fiquei lá, que nem uma macaca pindurada naquele ferro nojento, pensando mil e uma coisas, dentre elas, a "culpa" que o motorista teve por ser um afobado, e praticamente passar por cima do trânsito sem se importar com nada, e quase matar um velho, vai que ele batesse, desse uma hemorragia interna e ele morresse, ou qualquer desgraça do tipo, sabe-se lá, a minha culpa pelo meu egoísmo de não ceder o lugar na mesma hora, e a culpa desse governo merda que não põe mais ônibus, mais qualidade, e dos próprios trabalhadores que tem preguiça, e deixam rodar menos da metade da rota, o certo seria 20 ônibus rodando, 10 pela Almirante Barroso e 10 pela Pedro Álvares Cabral, quantos rodam? as vezes dois em cada, as vezes três, as vezes um, no máximo quatro, dificultando a vida de todo mundo, POR PURA PREGUIÇA, salário ruim etc, o brasil é considerado um país pobre, mas com certeza absoluta, se pegassem um terço do dinheiro que o presidente tem, ajudaria a maioria dos desabrigados, pobres desse país, claro que melhoraria, é óbvio, mas isso já é ouuutra conversa.
Continuando, começou a chover, e todas aquelas 60/70 pessoas que estavam lá, ficaram abafadas que nem eu, porque começaram a fechar as janelas, e eu, abafada, revoltada, com vontade de matar um por um daquele ônibus podre, ainda ter que aguentar o cobrador olhar pra a minha bunda na cara de pau e não ter voz pra nada, não poder matar ninguém porque se não eu vou ser presa e estragar a minha vida inteira, e a dos meus pais, não poder me teletransportar pra minha casa e tomar um banho, porque isso não existe, nem poder fazer todas aquelas pessoas não existirem, porque isso não existe, dar um kamechamecha em todas aquelas pesssoas, ou explodir a terra, porque isso também não existe... enfim, pensei muitas coisas, mas até que enfim, cheguei aqui, e tinha faltado luz no conjunto todo, fora que tava chovendo, aí desci, atravessei a rua na chuva, mas muito feliz de ter saído do inferno, e continuei pensando merda, pensei em como seria se me estuprassem naquele escuro, credo né, só desgraça, se me assaltassem ou se me pedissem esmola asuhashuas, mas aí cheguei em casa sã e salva, só meio puta ainda e molhada, mas isso vai ser completamente esquecido quando eu tirar um pedaço daquele peito de frango assado que está piscando pra mim, e fazer um miojo com "gostinho de infância" (como diz o pai do paulinho) e tomar um banho muito bom, enfim, é isso.


Juro que a minha vida não é só desgraça, só tou tendo uma semana ruim, espero que passe, assim como tudo e como a chuva que passou agora e deixou o céu lindo.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Conselho da Noite:

Nunca baixe a guarda, nunca.

domingo, 7 de setembro de 2008

Tanto meu em pouco teu

Teus versos me sumiram
Minhas cartas te rasgaram
Teus beijos? se perderam..
Minhas palavras te calaram
Teus gestos me mostraram
Meus segredos te provocaram
Teu carinho, me roubaram
Meus sentidos te guardaram


Teus e Meus? se apagaram....

Coisas da vida

Quando a lua apareceu ninguém sonhava mais do que eu
era tarde, mas a noite é uma criança distraída
Depois que eu envelhecer ninguém precisa mais me dizer
Como é estranho ser humano nessas horas de partida
É o fim da picada, depois da estrada começa uma grande avenida
No fim da avenida, existe uma chance, uma sorte, uma nova saída
São coisas da vida
E a gente se olha, e não sabe
Se vai ou se fica
Qual é a moral? qual vai ser o final dessa história?
Eu não tenho nada prá dizer, por isso digo
Que eu não tenho muito o que perder, por isso jogo
Eu não tenho hora prá morrer, por isso sonho

são coisas da vida
e a gente se olha e não sabe se vai ou se fica
são coisas da vida

Só merda

MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA QUE DROGA DE SENTIMENTO RUIM MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA E ME PEGOU COM FORÇA DESSA VEZ, ALGUÉM ME OUVE, ALGUÉM ME TIRA DAQUI? MERDA!!!!!!!!

Domingo é uma MERDA

Eu me enganei, pensei que eu já estava preparada para certos tipos de situações, pensei que eu tinha aprendido tudo o que me faltava, o que me completava para conseguir ser uma pessoa mais madura, mais coerente, mais forte... mas na primeira hoje que eu me deparo com uma situação ruim, eu volto a ser o que era antes, volto a sentir aquela angústia de antes, aquele choro que faz doer dentro do teu peito, em que a dor não se torna mais interna, se torna externa e tu só faltas adoecer do tanto de coisa engatada que fica aqui dentro, e eu que pensei que já estava em um ponto, em que esse tipo de dor nunca mais iria me encomodar, me enganei, me enganei quando pensei que esteva preparada para sofrer perdas, eu realmente não estou, quando estou me vendo fora de uma rotina onde eu tirava tão pouco, nunca fui tão feliz com tão pouco, nunca mesmo, sempre fui gananciosa, nunca me deixei ficar por baixo de nada, e onde eu me vejo agora? me vejo desmoronando outra vez, sentindo coisas que não sentia ha mais de um ano, sempre volta esse sentimento horrível, interno e externo, me fazendo ficar doida, desesperada, precisando de alguém, e sem conseguir transpassar meu sentimento para qualquer ser vivo que não está olhando nos meus olhos e vendo que tudo isso é verdadeiro.
Aconteceu, foi inevitável, foi lindo, mas acaba... não é justo, não é justo comigo, nem com essa imensidão que eu consegui construir dentro de mim depois de tanto sozinha, tudo acaba por uma razão, e nesse caso me sinto uma aleijada de não poder fazer nada, nunca pude... só que isso dói, e dói muito, nunca mais quero sentir isso por alguém de novo, nem que eu me torne uma pedra, mais sem sentimentos do que um dia já consegui ser, não quero mais, não quero mais sentir isso escorrendo pelo meu rosto, desaprendi... não quero reaprender, chega, todo domingo é uma
merda, por que?

NINGUÉM TA PREPARADO, NUNCA!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

pára, não fala
pára, não olha
pára, não lembra
pára, não beija
pára, não sonha
pára, não pára...
De onde vem aquela pequena dúvida debaixo da tua consciência?
Não é tão obvio assim? vai, DIZ!

Coisa de Doido

Hoje acordei não me sentindo bem, ontem fui dormir lá pelas cinco da manhã, tinha acabado de escrever uma carta pra mim mesma, que não achei hoje, acho que a empregada deve ter jogado no lixo... é, pouco importa pra ela né, deve ter sido mais um papel rasgado nojento e sem fundamento que ela viu e confundiu com lixo (como sempre), poisé, eu tinha psicólogo mas acabei nem indo porque comecei a passar mal do nada, acordei umas 8:30 sem sono, fiquei pensando um pouco em nada e voltei a dormir, nisso tive uns sonhos esquisitos, como todos os sonhos que eu tenho tido esses tempos, sempre as mesmas pessoas, nos mesmos lugares, fazendo as mesmas coisas, me dizendo as mesmas coisas, já to ficando de saco cheio, mas o curioso, é que acordo com uma sensação muito boa, enfim, almocei um peixe frito que até agora não sei dizer que se tava gostoso, ou se eu que tava com fome mesmo, mamãe tem cozinhado muito ruim esses dias, papai tambem, comidas podres e eu não tenho saco de fazer nada, e quando faço, sempre gasto todos os ingredientes, então... vi tv, joguei zelda, brinquei com as minhas cachorrinhas, estudei um pouco, queria um livro descente pra ler, acho que vou procurar daqui a pouco.
Eu fico um pouco irritada com essa minha inconstância de sentimentos, uma hora eu to super bem, outra hora sem motivo, ou com um motivo pequeno, eu fico puta, descontrolada, escrevendo coisa sem sentido (como agora), coisas que eu deveria procurar mudar dentro de mim, e não ficar reclamando e reclamando numa página qualquer, não que isso pra mim seja uma página qualquer, mas deu pra entender o que eu falei...
Passo tempo demais vivendo em ciclos, com medo, medo de coisas que eu construo e destruo num piscar de olhos, ou em 5 minutos em uma festa, qualquer coisa, poisé, é isso, eu tenho medo, morro de medo, vivo em ciclo que eu me viciei e não sei mais sair, eu nunca fui boa em receber respotas negativas, NUNCA, sempre achei que tinha solução pra tudo, que sempre teria uma segunda chance, que a gente pode fazer as coisas mudarem, e realmente podemos, mas chega uma certa hora que tu percebe que tem coisas que nunca vão ter conserto, coisas que nunca vão dar certo, coisas que tu tens que aceitar e conviver com isso, ninguém vai morrer por uma coisa que não deu certo, mas isso é só teoria pra mim, na prática é completamente diferente... odeio mudança, nossa, como odeio mudanças, acho que poderia viver 10 anos e não mudar quase nada, se fosse conveniente pra mim, todas as mudanças, foram mudanças convenientes, foram coisas que eu fui obrigada a ter que mudar em mim pra não sofrer consequências, mas eu nunca quis mudar nada, eu gosto de empurrar as coisas com a barriga, gosto mesmo, eu sou acomodada, em relação Á TUDO, em todos os aspectos da minha vida, eu não sou organizada, nem pontual, eu sou desleixada e completamente bagunceira, mas como eu posso ser organizada, se a minha vida toda sempre foi uma bagunça, sempre foi mais confusa que eu, sempre aconteceram coisas que tu só vê em filme, e acha bonito, outras coisas que tu olhas e me acharia uma doida completa pelo tipo de relação, e pelo jeito que eu penso nas coisas, não que não pudesse pensar desse jeito, mas sempre penso pelo modo mais difícil e menos plausível.
Talvez isso só sejam problemas da idade, depois passa, MAS AINDA NÃO PASSOU CARALHO, EU TO VIVENDO NESSA MERDA SEM SABER PORQUÊ, SEM TER ÂNIMO PRA NADA, E INFELIZMENTE A ÚNICA QUE PODE MUDAR ISSO, SOU EU, e nem isso eu consigo, por que será que é tão difícil? dúvidas e mais dúvidas, pensamentos e mais pensamentos, só coisa maluca que passa por dentro de mim, não só de mim, mas eu to pouco que fodendo pra qualquer pessoa que não sabe de porra nenhuma e chega pra me dar um conselho otimista, to pouco me fodendo pra otimismo, ou pra qualquer coisa, nesse momento eu só to pensando em mim e é isso, acho que todo mundo merece ser egoísta um pouco, quero que o resto tome no cu, pelo menos pra uns , isso não vai ser uma coisa completamente ruim, pode ser até otimista (hahaha), piada podre.
Eu pensei uma coisa hoje, dizem que para todas as pessoas no mundo, existe um alguém, vou vários né, isso é completamente relativo, as vezes a pessoa ta te "esperando" no outro lado do mundo, muito bonito isso na teoria, mas na prática, as vezes eu acho que se tu perde uma pessoa, não tem mais como tu conseguir isso de volta, mas é só isso mesmo, eu tenho dezesssete anos na cara, sou uma pirralha e tenho que parar de ser desacreditada desse jeito, um dia tudo isso vai passar, vou virar a minha mãe e rir das coisas que eu pensava, mas como eu disse, quero mais que se foda isso também.
Ahhh, também tenho uma reclamação pra fazer sobre as músicas, não é bem uma reclamação, mas as músicas também conseguem me deixar mutio confusa, meio maluca, nostalgica etc, não queria que nada tivesse mais esse poder sobre mim, de fazer relembrar até o cheiro de alguma coisa, é angustiante, desesperador as vezes, e ainda arranca água do meus olhos, ainda vou morrer desidratada por isso (mentira doido), nem choro tanto assim (mentira de novo).
Cheguei até aqui no meio de tantas palavras confusas, vírgulas erradas, pontuação errada, deve até ter erros ortográficos, e perdi o sentido do que eu queria transpassar (como sempre), mas enfim, aliviou, e como eu já disse, eu to pouco me fodendo se foi uma merda o que eu escrevi ou não e eu sei que pra tudo o que eu disse, tudo mesmo, tem o outro lado, e a maneira mais coerente e OTIMISTA de pensar, o lado mais fácil né, mas como eu disse e vollto a dizer, eu sou confusa e gosto de optar pelo lado menos provável da coisa, é isso, espero que todos tenham uma boa noite de sono, ou de qualquer outra coisa que achem melhor fazer do que dormir, eu estou meio tensa e vou tomar banho pra acalmar, já que faz uns dois dias que eu não tomo banho, e outra, EU NÃO SOU PORCA, só gosto de acumular uma certa sujeira pra poder lavar tudo de uma vez e me sentir bem mais limpa, o bom é que eu não fico fedendo, ao contrário de pessoas que ficam 5 horas sem tomar banho e ficam uma carnissa, é isso, PARA DE ESCREVER!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Sorriso Morto

Quando vem aquele frio na espinha
onde todos pelos se arrepiam um por um
apressadamente...

Depois vem a calmaria, tudo volta em nossa volta
depois de passada a dita sensação
agonia...

É a palavra que se encaixa sem esforço
sem extensão ou
dúvida...

Ao que lembro do teu sorriso.

ACRILÍRICO

Olhar colírico
Lirios plásticos do campo e do contracampo
Telástico cinemascope teu sorriso tudo isso
Tudo ido e lido e lindo e vindo do vivido
Na minha adolescidade
Idade de pedra e paz

Teu sorriso quieto no meu canto

Ainda canto o ido o tido o dito
O dado o consumido
O consumado
Ato
Do amor morto motor da saudade

Diluído na grandicidade
Idade de pedra ainda
Canto quieto o que conheço
Quero o que não mereço
O começo
Quero canto de vinda
Divindade do duro totem futuro total
Tal qual quero canto
Por enquanto apenas mino o campo ver-te
Acre e lírico o sorvete
Acrilíco Santo Amargo da Putrificação

terça-feira, 2 de setembro de 2008

sinto falta, sinto falta, sinto....... falta......sinto essa falta... sinto o que me falta.....sinto sem ter falta..... sim....tu.....tua.....falta...... sinto falta de mim.

Bons Leitores