terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O Apreço não tem Sexo

Quando alguém chega assim e fala que tu és única, jurando amor etérno, fingindo toda aquela carapuça melecada de gozo e orgulho que da até nojo de sentir o cheiro repulsivo de falsidade misturado com aquela conexão linda inexplicável de negar aquele forte sentimento que não existe nome concreto, e por ser tão capaz de te fazer perder o apreço em segundos por pessoas importantes que não tem nada a ver com isso, deixando só o seu veneno que é o amor eterno com uma pitada de angústia por conseguir tudo isso com a simples presença querendo e sabendo do que é capaz, do poder que tem, um poder que não tem nome assim como nada do que ta escrito aqui tem nome ou explicação. Eu não queria entender o que se passa aí por dentro, o porquê de todo esse poder, ou porquê esse poder todo é em mim, porque todos os cantos, ruas, alamedas, debaixo da cama, o chão do banheiro, na chuva, porquê tudo isso tem um significado que só cabe a ti lembrar e relembrar todas as vezes que meus olhos enxergam aquele começo de gengiva venenosa que se apossa das minhas córneas hipnotizando meu cérebro e deixando minhas pernas bambas por eu simplesmente não te admirar mais, parece que é errado sentir isso, mas ao mesmo tempo é certo porque no fundo tu és um pedaço de carne apodrecido sem alma, que se alimenta do sentimento puro que em mim existiu, isso nunca teria acontecido se não saísse do meu controle, e eu te odeio por isso.
Os dezoito dias mais longos que os ultimos seis meses.

Bons Leitores