domingo, 3 de agosto de 2008

E esses tempos...

Os dias, semanas, meses, anos, décadas passam e eu continuo na mesma, e eu me pergunto, por que? Porque eu quero, obvio, o tipo de vida que eu levo é deprimente. Eu deveria mudar, eu deveria deixar, eu deveria assumir, eu deveria sumir, eu deveria fazer muitas coisas que eu definitivamente não faço por preguiça e comodismo.
A palavra comodismo nunca me irritou tanto como tem me irritado esses tempos, a palavra lembrança, é o que eu tenho sido, mas e a palavra mudança? quase não a uso, quase não a conheço, não dou o seu devido valor, andei me prendendo muito na palavra arrependimento, que é uma das piores palavras em que alguém pode se prender, uma palavra bem desnecessária, já que não mudará nada na lembrança inalcançavel, que por sinal, é outra palavra ruim, mas é uma palavra necessária para uma provável lição. O que me resta, é parar de relembrar, por que todas essas lembranças vem á tona o tempo todo, parece que eu parei de viver, vivo do meu passado, e o presente não tem mais sentido, não tenho mais lembranças do que acabou de acontecer no meu presente, só tenho as boas e ruins lembranças do passado, lembranças do meu jeito, do tamanho que pequenas coisas eram, da intensidade que hoje não existe mais, ou que eu não deixo mais existir.
O fato, é que eu me fechei para as coisas que mais me davam alegria, o que hoje, é muuuuuuito difícil de conseguir e antes saia pelos meus poros. Só sei que os dias, semanas, anos, vem passando e eu gostaria de entender o porquê de tudo ter mudado dessa maneira, e não ter me preparado para suportar toda essa dor, todo esse sentimento confuso que tem dentro de mim, que já faz parte de mim, já é uma característica minha que antes não possuia com tanta intensidade, queria que a intensidade que ainda me resta não fosse gasta em um sentimento tão confuso, queria que a felicidade não houvesse nome e sim sentido, e que isso, desse o verdadeiro valor para as coisas que eu realmente quero.
Queria conseguir gostar de verdade de alguém e não ser empedida por alguém, pelo passado de alguém, ou pelo meu passado, o que eu realmente queria esquecer e que por incrível que pareça, fez de mim uma pessoa melhor. Aaaai perguntas e perguntas sem respostas, mostrem para mim a solução, se houver uma.

Mudando um pouco o rumo, tenho visto o quanto eu sou apegada aos meus amigos, sexta saímos todos, fomos para um barzinho, ficamos bebendo, e todo mundo estava feliz, todo mundo estava alegre, sem preocupações, rindo, conversando, ontem a mesma coisa, depois dormimos na casa do caio, e metade do dia passamos todos juntos, agora eu vim para casa e senti uma falta absurda de todos, não queria dormir só, queria dormir ouvindo a voz de todos eles, estar com eles vem suprindo todas as minhas necessidades, me deixando menos triste, menos sozinha, queria que permanecesse assim, não que um dia tivessemos que nos separar, e não queria que ninguém fosse embora, mas é foda, não acredito mais em pra sempre, volta inocência.

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