segunda-feira, 24 de março de 2008

É pra ti mesmo.

Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.

Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que a outra daria.

Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.

Essa mulher é o mundo! - uma cadela talvez
Mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bel
a.


(vinicius de moraes)

Um comentário:

Anônimo disse...

um poema delicado que mostra a face verdadeira de uma mulher

Bons Leitores