quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Eu quero
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Loucura
Gilberto Gil Adaptado.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Da alma
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Cidade das meias-verdades.
Crítica de cu é rola, quem nunca fez nada de errado na vida, que atire a primeira pedra.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Atiraste uma Pedra - Doces Bárbaros.
Atiraste uma pedra
No peito de quem
Só te fez tanto bem
E quebraste um telhado
Perdeste um abrigo
Feriste um amigo
Maria Bethânia:
Conseguiste magoar
Quem das mágoas te livrou
Atiraste uma pedra
Com as mãos que essa boca
Tantas vezes beijou
Gal Costa:
Quebraste o telhado
Que nas noites de frio
Te servia de abrigo
Perdeste o amigo
Que os teus erros não viu
E o teu pranto enxugou
Gilberto Gil:
Mas acima de tudo
Atiraste uma pedra
Turvando essa água
Essa água que um dia
Por estranha ironia
Tua sede matou
Repete todos juntos.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Só Rolling Stones na cabeça.
Meu objetivo á partir de agora é voltar para belém, minha cidade natal, onde terei que concluir pequenas-grandes coisas inacabadas, me livrar do fardo de viver uma vida onde os fantasmas predominam minha cabeça atrapalhando todo o andamento do processo evolutivo do homem onde a palavra ESQUECER E PASSAR POR CIMA, são necessarias para todo amadurecimento.
Quero arrumar um trampo curto, guardar uma grana pra passagem de volta e pra raxar um apartamento pequeno com a Duda, fazer um cursinho e concorrrer á bolsas fim do ano em faculdades boas, e por fim, estudar Psicologia que vem sendo o meu sonho desde os 15 anos de idade, quando minha mãe teve a brilhante idéia de me mandar pra um psicologo curando a minha 'doença', que era a curiosidade e a maravilha de ser um ser humano livre com escolhas pela qual a sociedade muitas vezes desaprova, e eu nunca quis ser aprovada por nada nem ninguém, só pelo pessoal que corrige a minha prova no vestibular mesmo, esse bando de filhos da puta. E foi assim que eu criei amor por Psicologia, em uma sessão onde eu tive que ser a psicóloga do meu psicólogo, isso me fascinou completamente, e já faz quase quatro anos que eu não tiro essa idéia da minha cabeça.
Por fim, eu tenho absoluta certeza de que preciso me encontrar, precisava me descobrir, e esses dois meses que eu fiquei mais solitária do que nunca, me deram uma luz de como é o mundo lá fora das asas de meus pais, longe de meus amigos e pessoas que eu amo e que eu tanto me prendo... Estou ansiosa pra voltar a minha vida antiga e concretizar todas as minhas vontades, faltam só nove dias e essas borboletas no meu estômago estão me matando.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
DEZ
Agora é hora de praticar, voltar á ativa... bora ver o que esse coração vagabundo guarda pra mim dessa vez.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Macarrão com Linguiça e Pimentão
Abre a geladeira; pega o alho (um dente só, mais do que suficiente), óleo, requeijão, cebola, molho shoyu, salsa, orégano e Bife. Põe a frigideira no fogo ( não muito alto, claro), joga a carne, espera fritar, depois joga água pra não queimar, depois corta cebola e alho e põe por cima, vai deixando fritar e a água secar... por fim, molho Shoyu, continua fritando até secar todo o caldo e fritar um pouco da cebola pré-cozida, não se esquecendo de por salsa e requeijão no arroz.... NÃO DEIXANDO QUEIMAR O FEIJÃO, CLARO!
Por fim, ficou pronto o meu primeiro almoço apressado morando praticamente sozinha... nunca um Arroz com salsa e Bife acebolado foi tão gostoso.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
PEIXES
Imagens de cabelo de cavalo com o jeito desleixado do poeta bebaço.
Num dia no bar, calça rasgada, meias trocadas, óculos escuros.
Numa noite no mar, delicadeza, linho, seda.
Ou roupas que dormiram por muito tempo.
Vestidos longos como uma sereia.
Traças na roupa vitimada pelo tempo.
Ou os lançamentos da última estação.
Peixes veste-se em cardume.
Ou no caos que é um closet.
Sensível à maré das modas, dita espírito camaleão às passarelas.
Lixo é luxo.
Estética do brechó.
Tênis reluzente no hábito de uma freira.
Mundo mix embriagando Armani.
(Pro Ícaro).
domingo, 26 de abril de 2009
Domingo.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Memória dos meus Quinze
Eu sempre achava alguma coisa que eu levava comigo guardado debaixo do meu colchão, fosse um diário antigo, uma carta, ou um album de fotografias antigas, gostava de ver antes de dormir, me comparando com minha mãe, nas coisas mais lindas, amores impossíveis e sonhos sem cabimento, assim como eu tinha, com o meu pai, era a aparência física que me fazia achar impressionante e ter uma noção de como eu vou ficar no futuro.
E sempre eu queria estar longe de lá por alguma razão, por ser diferente, ou pra ficar com os meus amigos, beber em algum lugar, ou todas as coisas erradas que eu fiz para poder deixar aqueles dois velhos sozinhos naquela casa imensa, preocupados com o meu bem-estar.... eu realmente não me importava aparentemente, mas quando a vida ferrava comigo, era no peito dela que eu tornava a deitar, sentindo aquele cheiro de pele limpa com cigarro que eu gostava desde pequena... com Ele, eu sou meio fechada, talvez por ele ser, mas ele nao entende o meu jeito de amar, o jeito que sempe dói.
Enfim, hoje eu consegui metade do que eu quis, que foi a liberdade, estar em outro lugar atrás dos meus objetivos, outra cultura, outras pessoas, outra vida... mas nada disso me satisfaz, nada disso me completa, eu sinto falta de ter a casa cheia, das preocupações, do latido dos cachorros, de tudo, não da pra ver um filme do Rocky Balboa, que me destrói o coração, mas a vida é isso, e eu tenho que passar dessa fase pra conseguir seguir em frente. No final das contas, eu sempre fui independente, sempre tive minha liberdade forçada por mim, mas estar longe deles, e lembrar da fisionomia de algum deles rindo, me tira água dos olhos o tempo todo.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
PASÁRGADA
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Texto extraído do livro "Bandeira a Vida Inteira", Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90